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MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

qui6jul | MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

Auditório I

13h30 | Abertura: Bênção Ancestral com apresentações artísticas de Afoxé Ogum Pá e Cintia Guajajara

O futuro é negro, é indígena e ancestral! Cerimônia de abertura por um futuro que respeite a ancestralidade, a Mãe Terra e os direitos ancestrais de negros e indígenas.

14h | Painel: Bem Viver, políticas públicas e urgências sociais

Ingresso

O Festival Latinidades, desde a sua primeira edição, tem como um dos objetivos centrais estimular diálogos com o poder público e ser espaço de participação social, monitoramento e apoio à implementação de políticas de promoção da igualdade racial, de gênero, direitos humanos, ambientais e culturais. Sem políticas públicas não existe Bem Viver para todas as pessoas. O painel tem o objetivo de reunir chefes do poder executivo para compartilharem os principais programas, políticas e ações estratégicas do primeiro semestre de 2023, bem como os apontamentos para o próximo período.

Painelistas

Anielle Franco – Ministra da Igualdade Racial

Margareth Menezes – Ministra da Cultura

Marina Silva – Ministra do Meio Ambiente (a confirmar)

Rita Cristina de Oliveira – Secretária Executiva do Ministério dos Direitos Humanos

Mediação

Carmela Zigone – Inesc

 

16h | Painel: Macroeconomia da igualdade

Ingresso

  Como seria o mundo se a economia global se organizasse a partir dos cuidados com o ser humano e com a vida no planeta? Como funcionaria a economia, se considerasse os corpos-territórios das mulheres como seu mais precioso reservatório de inovação, cuidado e alteridade? Qual o papel da tecnologia para a redução de desigualdades?

Este painel tem por inspiração a provocação iniciada pelo historiador Átila Roque em sua reflexão inaugural sobre a recente troca de poderes no Executivo Brasileiro. Ele cunha o termo “Macroeconomia da Igualdade” e fala como a contribuição dos movimentos sociais deve informar os debates sobre gasto público e fluxos financeiros globais.

Neste painel vamos ouvir mulheres que estão construindo a vanguarda dos seus ramos de atuação e levando os valores de cuidado com os nossos para todas as agendas e arenas que constroem e ocupam. Vamos ouvir o que muda quando é a favela que constrói a tecnologia de dados mais avançada do mundo – a tecnologia blockchain. Vamos perceber a profundidade e as diferenças de políticas públicas de meio ambiente lideradas por mulheres negras da própria região em que são implementadas. Aprender com a maneira como as mulheres indígenas têm se organizado para ter voz e governança em ambientes de tomada de decisão – seja na política nacional, em organizações multilaterais do sistema ONU, e no debate público geral. E imaginar, conjuntamente, como se pareceria um futuro onde esta forma de construir a ação pública fosse a regra, e não a exceção.

Painelistas

Carol Santos
Comunicadora, pedagoga e fundadora da Educar+, uma organização social que busca transformar vidas através da educação, oferecendo oportunidades de aprendizado para mais de 100 crianças, adolescentes e jovens do Complexo do Chapadão, no Rio de Janeiro.

Cricielle Aguiar Muniz
Iniciou a trajetória no movimento estudantil ainda secundarista. Foi conselheira municipal de juventude de São Luís. Ex coordenadora Estadual dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Foi chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e chefe de gabinete da secretaria de Assuntos Institucionais. Ex Coordenadora Estadual do Serviço Travessia do Governo do Estado do Maranhão e ex-secretária adjunta de Governo do Estado do Maranhão. Ex coordenadora da escola ambiental no mesmo Estado.

Braulina Baniwa – Diretora Executiva ANMIGA
Indígena Antropóloge (ABA/ABIA); Indígena pesquisadora; Especialista em Gênero, saúde e território.

19h30 | Espetáculo Engasgadas - Grupo Zona Agbara (SP)

Ingresso

“Algo nos perturba, nossos corpos de certa forma são confinados e destinados ao estereótipo de corpo doente, corpo sem tônus, sem pulso. Um nó vem se formando, o corpo sente o desconforto e precisa falar, dançar, se movimentar. Gorda lembrança de um corpo tomado pela infância, onde as lembranças da terra nos levam a plantar no sagrado um couro negro, gordura nossa de cada dia, a flacidez do meu encantar de dedos, e assim vemos nas folhas o desejo e a verdade do vento.

Cuidar dos corpos gordos se faz necessário, escutar esses corpos é urgente. Nós mulheres pretas e gordas não aceitamos mais engolir esse mundo indigesto, é preciso soltar esse amargo. O ENGASGO é inevitável e a partir daí REGURGITAR para sobreviver e fazer pulsar essa potência para o mundo. E assim, nos refazemos e seguimos nosso caminhar dançante e desobediente”.

Espaço Universidade Afrolatinas | Anexo do museu

Jornada Produção Cultural

10h às 12h | Produção Executiva de festivais com Michelle Cano, Festival Coma

Ingresso

Os festivais estão ganhando cada vez mais espaço no Brasil e em todo mundo, assim, nos deparamos com estruturas maiores e melhores, experiências cada vez mais impactantes. Produtoras e produtores encaram cenários cada vez mais desafiadores para colocar seu projeto na rua e precisam se debruçar com atenção a todas as etapas de seu desenvolvimento como planejamento, divulgação, treinamento de sua equipe e todos os pormenores envolvidos no mundo da produção executiva.

Michelle Cano é produtora executiva do Festival COMA e coordenadora administrativa e financeira da Revista Traços. Já foi produtora do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Coordenadora Geral do Festival Porão do Rock, além de colecionar experiências em grandes eventos internacionais como Supervisora de Logística da Copa do Mundo FIFA 2014. Em sua exposição, Michelle irá trazer os diversos aspectos necessários para uma produção executiva eficiente.

14h às 16h | Produção de bandas/artistas com Ana GB

Ingresso

A produção de bandas/artistas é importante e necessária tanto para uma carreira em ascensão, quanto para uma carreira já estabelecida, sendo assim, escutar mulheres negras inspiradoras como Ana GB, que possui uma vasta experiência, será um dos pontos-chave da Jornada em Produção Cultural.

Ana GB é Relações-públicas, produtora executiva, consultora e mentora de/para artistas independentes. Cofundadora da Amores Sonoros. Empresária e assessora de Yan Cloud. Produtora artística do grupo ÀTTØØXXÁ. Produtora do Festival Afropunk Bahia.

16h30 às 18h30 | Empresariamento artístico, com Ciça Pereira, Zeferina Produções

Ingresso

Ciça Pereira é gestora em políticas públicas formada pela USP, pesquisadora, empreendedora e uma das fundadoras da Zeferina Produções, produtora focada em impacto sociocultural, atuante em projetos e ações nas áreas da música, artes visuais e demais linguagens artísticas, gerencia carreiras e faz representação comercial de artistas. Ela também é uma das idealizadoras da plataforma Afrotrampos, uma Startup de ação afirmativa que conecta pessoas em prol da equidade racial no mercado de trabalho.

Nesta exposição serão aprofundados os conhecimentos sobre o empresariamento de artistas, essencial para quem deseja adentrar neste mercado de trabalho. Além das funções de empresariamento, a importância de um networking e capacidade de mobilização são aspectos diferenciais importantes para uma carreira potente.

Espaço Bem Viver | Área externa do museu

14h às 19h | Feira de produtos e espaço lounge

sex7jul

MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

sex7jul | MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

Auditório II

10h | Painel: Mulheres Negras em Defesa da Vida e da Floresta

Ingresso

Realização: Oxfam Brasil

As mulheres negras cumprem um papel importante, por vezes invisibilizado, de defesa da Amazônia e luta por justiça climática. São mulheres quilombolas, extrativistas, quebradeiras de coco babaçu, ribeirinhas e tantas outras que, na linha de frente de seus territórios, alinham o modo de vida com conhecimentos tradicionais, contribuindo assim para a preservação da floresta. Este painel busca valorizar a experiência dessas mulheres e atualizar o debate sobre justiça climática a partir dos saberes tradicionais de lideranças negras.

Painelistas

Edel Nazaré – Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais. Secretária Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas.

Selma Dealdina – Secretaria Executiva da Conaq.

Maria Nice Machado – Secretaria de Mulheres do Conselho Nacional das Populações Extrativistas

Mediação

Marina Marçal – Especialista em Política Climática

14h | Painel: Feminismo Antiproibicionista Afrofuturista para o Bem Viver (atividade realizada em parceria com a Renfa)

Ingresso

Diálogo sobre quais tecnologias de cuidado coletivo e autocuidado as mulheres usuárias de drogas desenvolvem para garantir sua saúde mental, e a radicalidade de suas ações frente a um sistema de tentar, a qualquer custo, controlar as mulheres, em especial mulheres negras. Na vida e nesse painel, antiproibicionistas querem e defendem o cuidado em liberdade, o direito à autonomia dos corpos como pacto radial de liberdade, considerando que, sem as práticas de bem viver é impossível estimular a construção da luta política.

Compartilhamento de Tecnologias de estímulo ao Bem Viver do Antiproibicionismo – Se não imaginarmos alternativas, não haverá nenhuma

Painelistas

Adriele Oliveira
Integrante do coletivo Mizangas Movimiento de Mujeres Afro, do Uruguai, onde vive há 7 anos. Foi coordenadora do projeto “Autocuidado para ativistas afrofeministas em contextos difíceis”, voltado para a segurança e proteção física, moral e psicológica das mulheres afroativistas. Atualmente coordena “InterseccionadXs: memórias e resistências, projeto artístico cultural de escrita e técnicas audiovisuais para mulheres e dissidências afro e indígenas. Desde 2022 trabalha como técnica na Secretaria de Equidade Étnico Racial e Populações Migrantes, da prefeitura de Montevidéu.

Mika Santana – Brasil
Mika Santana, uma mulher produtora e criadora de conteúdo, podcaster e comunicadora apaixonada pela pesquisa das vivências e ancestralidade da maconha nas favelas. Como ativista social e feminista antiproibicionista, ela luta pelo resgate da cultura e pela justiça, promovendo a liberdade e autonomia das comunidades marginalizadas.

Ingrid Farias – Brasil
Ingrid Farias é articuladora política e pesquisadora sobre interseções de gênero, raça, política de drogas e participação política na América Latina. Fundadora da Produtora Curadoras Negras, atua como produtora cultural organizando eventos de valorização da cultura negra e periférica no nordeste no Brasil. É ativista da Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas e da Coalizão Negra por Direitos.

15h30 | VidaAfrolatina: Investindo nas mulheres negras para acabar com a violência sexual

Ingresso

Neste painel as cinco convidadas falarão sobre a sua experiência com o fundo internacional de mulheres Vida Afrolatina – uma organização que mobiliza recursos e os conecta com organizações de mulheres negras e afrodescendentes que combatem a violência sexual na América Latina. A fundadora e a diretora de projetos da Vida Afrolatina explicarão a história e o propósito do fundo e as abordagens feministas que usam para contribuir para o fortalecimento e expansão do trabalho das organizações de mulheres negras.

Painelistas

Lori Robinson – fundadora e diretora executiva da ONG VidaAfrolatina (Estados Unidos)

Liena Isaula – antropóloga, feminista, agente cultural e doutoranda em antropologia sociocultural (Honduras)

Graziele Dias Freitas – pedagoga, educadora com experiência relevante com o eixo temático sobre a sexualidade (Brasil)

Emilia Eneyda Valencia Murraín – etnoeducadora, gestora cultural, fundadora da AMAFROCOL (Colômbia)

Hermelinda Rodríguez G. – feminista, trabalhadora social, mestra em Gênero e Desenvolvimento, docente universitária e vice-presidente da organização VOMAP (Panamá)

17h | Painel: Bem viver com equidade, representação e participação política

Ingresso

O horizonte centrado no bem viver pressupõe a participação política de mulheres negras em todas as esferas de tomada de decisão e de poder. Mulheres negras imprimem em suas trajetórias a ação política pautada na coletividade, com pés fincados nos territórios e inventividade como instrumento de luta. O painel se propõe a promover uma reflexão sobre a participação política de mulheres negras no país por meio da análise de dados, reflexão sobre medidas, alterações eleitorais recentes e escuta de experiências de corpos negres atravessades pelo sistema político.

Painelistas

Tauá Pires – Oxfam Brasil

Elenízia da Mata – Vereadora da cidade de Goiás Velho

19h | Roda Cultural: as desigualdades do Distrito Federal e a construção do Mapa do Bem Viver por suas juventudes

Ingresso

Realização: Inesc

O Mapa das Desigualdades do Distrito Federal é produzido pelo Inesc (instituto de Estudos Socioeconômicos), com apoio da Oxfam Brasil, e a participação de jovens de coletivos do DF e entorno, a partir da última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (IBGE/2021), analisando as questões raciais, de gênero e de classe.

Na 5ª edição, o Mapa revela não apenas as discrepâncias de regiões tão próximas geograficamente, mas também aponta os caminhos para enfrentá-las.

Assim, sob a perspectiva do bem viver, jovens que atuaram na elaboração do Mapa das Desigualdades, estarão no Festival Latinidades, em uma roda cultural, propondo diversas intervenções artísticas que respondem às análises percebidas no mapa.

Painelistas

Ayoola
Babi
Bruna Rodrigues
Carol Modesto
DJ Eldy
Erika Lorrany
Hellen Kariú
Márcia Mesquita
Panti
Ramona Jucá
Ravena Carmo
Aggin
Andrey Nascimento
Dudumano
Lucas Daniel
MC Fernandes
Singelo MC
Victor Queiroz
Wallison Braga

Espaço Bem Viver | Área externa do museu

15h | Talk: Solidariedade transnacional para amplificar vozes de mulheres negras, com Stephanie Holguin - Fullbright, EUA

Ingresso

Apresentação de pesquisa e investigação centrada na solidariedade transnacional que amplifica as vozes negras através de práticas descoloniais de raiz popular. A investigação surge do culminar da sua anterior investigação de tese de pós-graduação na República Dominicana, dos meus esforços de organização transnacional e das minhas ligações culturais pessoais.

Sthephanie é uma ativista negra, queer, não-binária, dominicano-americana e acadêmica interdisciplinar. Atualmente é bolsista da Fulbright, em investigação em Recife, PE.

4:20 | Talk: Alimentação ancestral e sistema endocanabinóide - uma confluência para o bem estar, com Natalia Ferreira

Ingresso

Resgatar a alimentação ancestral e apresentar o sistema endocanabinóide a partir dos biomas brasileiros, principalmente, o cerrado, espaço ocupado por Brasília. A vivência criada por Natalia Ferreira dos Santos propõe a fusão entre a ancestralidade e a ciência, pois, antes da cannabis ser medicina, somos canabimiméticos, ou seja, temos canabinóides semelhantes à planta Cannabis Sativa localizados em todo o nosso corpo, desde a pele até no leite materno, e em abundância no cérebro. Estimular a relação sinérgica entre os alimentos e com cada um de nós, a partir dos endocanabinóides, é o caminho proposto para refletir sobre os alimentos consumidos diariamente, o resgate dos saberes ancestrais presentes nos alimentos naturais e romper os estigmas criado em torno da Cannabis Sativa para os corpos específico: Os jovens homens e negros. O sistema endocanabinóide é uma constelação sensorial. A ciência reconhece a sua importância à saúde humana e para o bem viver.

 

17h30 | Talk: A Cultura e a Música que Constroem Novos Imaginários de Bem Viver, com Natura Musical – Espaço Bem Viver

Ingresso

Música, conexão e bem viver

A música é um poderoso lugar de conexão. É a partir da música que as pessoas compartilham emoções, afetos, memórias, imaginários. Como a música pode ser uma ferramenta sensível de interpretação e reinterpretação do mundo? Como a conexão com a ancestralidade, a pesquisa, o aprofundamento na identidade pode contribuir na construção de novos imaginários?

Convidades

Brisa Flow
Brisa de La Cordillera é uma cantora marrona que mistura seu rap com cantos ancestrais, jazz, eletrônico e neo/soul. A artista, mais conhecida como Brisa Flow, é artista transdisciplinar, que trabalha com linguagens musicais. Atua no cenário artístico como cantora, produtora musical, performer e pesquisadora . Constrói arte a partir da vivência de seu corpo no mundo, criando caminhos que desprendem das amarras da colonialidade. Sua música é um um encontro com as energias da Terra. Desenvolve estéticas artísticas pela prática e pesquisa do canto que tece memórias e futuros originários.

Bixarte
Bianca Manicongo é a pessoa que está por trás da Bixarte. Ela é cantora, atriz, poeta &
compositora. Em 2019 foi a primeira mulher campeã do Festival de Música da Paraíba. Na sequência, Bia também foi indicada na categoria revelação da premiação Women Music Events. Bixarte apresenta Traviarcado, seu primeiro álbum de estúdio com incentivo cultural da Natura Musical. Recém estrelada na rede globo na série Cine Holliúdy, a artista traz em seu trabalho a emoção e a dádiva que é ser uma travesti, viva e periférica ocupando todos os espaços.

Dessa Ferreira
Dessa Ferreira é produtora musical, percussionista, cantautora, multi-instrumentista e arte-educadora. Natural do Distrito Federal, é filha de piauienses e bacharel em Música Popular pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Vem atuando na arte e na cultura há mais de 15 anos, participando de diversos coletivos e projetos que difundem as culturas de matriz africana, afro-brasileira e indígena. Dessa é idealizadora do projeto Música Afro-Indígena Contemporânea que foi contemplado pelo edital Natura Musical (2020)

Mediação

Fernanda Paiva
Fernanda Paiva é Head of Global Cultural Branding, atualmente responsável pela estratégia, inovação e gestão das plataformas de cultura da marca, como o programa Natura Musical e a parceria Natura e Rock in Rio.
Formada em Relações Públicas, pela Unesp, com especialização em marketing na USP, desde que assumiu o cargo, contribuiu para a consolidação do Natura Musical como uma das principais iniciativas de valorização da música brasileira da atualidade e implantou nova estratégia de branded experience e branded content.

 

Espaço Universidade Afrolatinas | Anexo do museu

Jornada Produção Cultural

14h | Aula Magna: O algoritmo da imagem e a indústria cultural, com Bira @senhoritabira

IngressoBira (@senhoritabira) tem como campos de estudo as políticas públicas, as ciências humanas e a pedagogia. Sua alma mater é a Universidade Federal do ABC. Desde 2020, faz vídeos com análises semióticas e sociológicas sobre políticos, empresas e celebridades no canal O Algoritmo da Imagem.

15h | Produtoras Negras - Quem cuida de quem produz?

Ingresso

Painelistas

Rita Teles
Rita Teles, 46 – Mulher preta, descendente de afro-mineiros, é Atriz, Investigadora de Corporeidades Pretas, Produtora Cultural de artes negras de afro-brasileiros e africanos em diáspora, Arte Educadora, Artvista e Articuladora de Micropolíticas.

Edmilia Barros
Da multiculturalidade do Recôncavo Baiano, onde nasci, à criatividade do Subúrbio de Salvador, onde me criei, trago em minhas origens a vontade de fazer acontecer e a paixão pela música. Trajetória que me levou a trabalhar com produção cultural em 2010 e onde continuei atuando na coordenação e produção executiva de festivais, eventos e junto a artistas baianos, nas mais diversas linguagens culturais: música, dança, teatro, literatura.

Joyce Cursino
Joyce Cursino é produtora cultural, jornalista, atriz e cineasta independente. Fundadora e Diretora Executiva da Negritar Filmes e Produções, que é uma produtora de impacto socioambiental composta por pessoas pretas; Idealizadora e coordenadora do projeto de democratização do acesso ao cinema nas periferias e comunidades tradicionais da Amazônia,o Telas em Movimento; Co-fundadora da casa coletiva e colaborativa de fomento à cultura, Casa Samaúma, e Conselheira pela Coalizão pelo impacto em Belém.

Luciana Adão
Coordenadora de Patrocínios Culturais Incentivados do Oi Futuro, onde gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, desenvolve estratégias de alinhamento de marca às pautas ESG, parcerias institucionais e estrutura novos programas e editais em âmbito nacional e internacional. Atua há mais de 15 anos nas esferas pública e privada na formulação de parcerias estratégicas e políticas culturais, gestão de equipamentos culturais e desenvolvimento de programas de fomento à cultura.

Mediação

Michelly Mury
Meu nome é Michelly Mury, sou uma mulher negra, nascida e criada na cidade do Rio de Janeiro. Apesar de formada em publicidade, a música sempre foi um fio condutor da minha história profissional e de certa forma, uma bússola na minha vida em direção a minha própria identidade.

Há mais de vinte anos atuo à frente de projetos com um olhar plural e diverso, dentro e fora do Brasil. Em meus campos de atuação destacam-se a curadoria musical, a direção artística e a direção criativa de projetos culturais.

17h | Vozes e escritos do gueto: Trilhas e trajetórias da Literatura Marginal no Distrito Federal

Ingresso

O Distrito Federal é considerado uma potência literária, com diversas autoras e autores de vários estilos e tipos. Mas, muitas vezes, essa produção está focada em um núcleo do
Plano Piloto e arredores, e pouco se fala da Poesia e Literatura Marginal, feita nas periferias da cidade, e que possui uma riqueza e diversidade ainda não reconhecidas e calculadas. Indo nesse caminho, de desconstruir e descobrir essas literaturas marginalizadas, surge o “Vozes e Escritos do Gueto: Trilhas e Trajetórias da Literatura Marginal no Distrito Federal”. O projeto é uma pesquisa, que visa analisar e compreender a história da Literatura Marginal do DF, identificando os seus precursores e atuais difusores.

A pesquisa foi idealizada pelo Poesia nas Quebradas, em parceria com o Núcleo de
Estudos, Organização e Difusão do Conhecimento Sobre Literatura Marginal (NEOLIM). O NEOLIM é um coletivo que agrega sujeitos da Universidade de Brasília e da comunidade externa, com o intuito de desenvolver estudos, organizar processos investigativos e analíticos sobre a Literatura Marginal do DF, bem como avaliar e executar ações culturais na periferia, especialmente junto aos/às produtores/as culturais marginais.

Já O Poesia nas Quebradas nasceu em 2015 e constitui um coletivo cultural que atua e
promove a inclusão da diversidade nas periferias da cidade de Planaltina DF, promovendo o aprofundamento da interação entre a comunidade artística e a comunidade local. Dessa forma, o Coletivo realiza ações culturais com enfoque no movimento Hip hop, entendendo-o como um movimento social que permite o protagonismo, a criticidade e a expressão criativa num contexto de inovação social, em que as fronteiras podem ser problematizadas com vistas à construção de posicionamentos inclusivos.

sáb8jul

MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

sáb8jul | MUSEU NACIONAL DA REPÚBLICA

Espaço Literário Latinidades | Anexo do museu

14h | Espaço Literário Latinidades

Ingresso

14h “El Racismo y Yo” – Edna Liliana Valencia Murillo (Colômbia)

14h20 Conversa com Juliana Borges, autora do livro em processo “Uma mulher negra feliz é um ato revolucionário”

14h40 “Pedagogia das Travestilidades” – Maria Clara Araújo

15h “Jamais peço desculpas por me derramar” – Ryane Leão

15h20 “Mulheres negras na política” – Olívia Santana

Mediação dos lançamentos

Andressa Marques

16h às 19h | Espaço literário Julho das Pretas que escrevem no DF

Ingresso

Com o tema “Escrever em voz alta – Eu modulo a minha voz”, o III Encontro Julho das Pretas que Escrevem no DF chega ao terceiro ano, como parte da programação do Festival Latinidades, em Brasília/DF. As homenageadas deste ano são Verenilde Pereira, Meimei Bastos e Sarah Benedita.

O objetivo do encontro é mapear e reunir o máximo de mulheres negras que escrevem no DF, para que possam se conhecer e às suas obras, fortalecendo práticas coletivas de reconhecimento dos trabalhos de cada uma e a abertura de espaços de empoderamento mútuo.

Homenageadas

Verenilde Pereira
Amazônida, nascida em 1956, em Manaus. Filha de mãe negra e pai indígena, do povo sateré mawé. É doutora pelo Departamento de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Mestra pela mesma universidade, sua dissertação originou o livro Um rio sem fim, em 1998. Esgotada nas livrarias, a obra será relançada, em 2023, pela Companhia das Letras. Também publicou o livro de contos Não da maneira como aconteceu, pela Thesaurus Editora, em 2002. Como jornalista, participou da criação do jornal Porantim, dedicado especificamente às questões indígenas; atuou na cobertura desse assunto para jornais da mídia amazonense e paraense. Como professora atuou no Seringal Katipari, no rio Purus, no Amazonas, onde lecionou para indígenas, seringueiros, ribeirinhos. Em Brasília, lecionou em várias faculdades de Jornalismo. Atualmente, integra movimentos de resistência indígena e de proteção a outros grupos socialmente minoritários.

Meimei Bastos
É escritora, professora, produtora cultural, coordenadora do Campeonato de Poesia Falada do DF e Entorno e da Slam Q’brada, editora e colunista. É graduada em Artes Cênicas e mestranda em Culturas e Saberes, pela Universidade de Brasília. Atua em diversos movimentos sociais, promove saraus, slams, oficinas, debates, cineclubes e rodas de conversa, especialmente direcionados à população negra e periférica. Publicou seu primeiro livro, Um verso e mei, pela Editora Malê, em 2017. Em 2022, publicou seu segundo livro, A menina que bebeu água do chocalho, pela editora Avá. Como autora e poeta participou de eventos literários como a Festa Literária de Paraty – Flip, Feira Internacional del Libro de Venezuela – FILVEN, FLUP – Festa Literária das Periferias, Bienal do Livro e da Literatura de Brasília – BBLL e ministrou oficinas de escrita criativa e oralidade no Brasil e no exterior. Atualmente, a autora está como editora da revista literária Ruído Manifesto, colunista do Jornal Brasil de Fato DF e na coordenação do ponto de cultura CARACAS, véi.

Sarah Benedita
Tem 22 anos, nasceu e cresceu na Ceilândia. Preta, lésbica, empreendedora desde os dez anos, poeta marginal desde os 15 anos, a partir dos 11 passou a escrever diários e, logo em seguida, usou a escrita para superar uma depressão. Com a exposição das poesias, passou a se apresentar em mesas de debates, movimentos políticos, espaços de falas dentro e fora de escolas e a ministrar aulas de escrita criativa para jovens. Produtora cultural desde 2018, formada em 2019 pelo Jovem de Expressão, criou, em 2021, a produtora Pérola Negra, em sociedade com a amiga Luiza Martins. Militante do Levante Popular, atualmente é assessora parlamentar do deputado distrital Max Maciel.

Auditório II

15h às 17h30 | Universidade Afrolatinas apresenta Oficina: “Saberes populares e acadêmicos de mulheres negras”, com Matilde Ribeiro

Ingresso

Mesmo vivenciando impedimentos e barreiras sociais, econômicas, culturais e políticas as mulheres negras não deixam de desfrutar das possibilidades de articulação entre os saberes populares, intelectuais e acadêmicos. Vivenciar individual ou coletivamente as questões políticas, com base no feminismo negro, é sempre um grandioso desafio.
É necessário valorizar o que constroem as lideranças, personalidades, estudiosas e organizações de mulheres negras no período contemporâneo. A oficina tem como ponto de partida o livro “Mulheres Negras em Movimento”, publicado e lançado em 2022 pela Nova Práxis Editorial.

Matilde Ribeiro é Doutora em Serviço Social. Recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Fundação Universidade Federal do ABC (UFABC). Professora no Instituto de Humanidades/Área de Pedagogia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB) em Redenção/Ceará e coordenadora do Grupo AMANDLA – estudo, pesquisa e extensão sobre políticas públicas de raça/etnia, gênero, desenvolvimento e territorialidade. Ex-Ministra da Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial (Governo Lula 2003/8).

Shows | Área externa do museu

19h | Dj Beatmilla (DF)

Beatmilla, sapatão, preto e não binário , residente do Recanto das Emas, nasceu em 1997, no Distrito Federal. Seu primeiro contato com a música foi aos 8 anos, frequentando às aulas de violão. Posteriormente, se apaixonou por música, aprendeu outros instrumentos e se tornou baixista aos 14 anos. Em 2020 começou sua carreira em um novo projeto como DJ e beatmaker com o incentivo de sua amiga e artista DJ Kashuu. Beatmilla é uma experiência musical que colabora com a arte e cultura enfatizando a música preta. Se considera um operário da artes que conduz as melodias com maestria. Suas origens e influências são afrolatinas, trazendo diversidade de ritmos e sets inovadores. O DJ é um poço de criatividade, através de sua arte procura expressar sua ancestralidade com um toque afrofuturístico, mesclando afrohouse, funk, pagodão baiano e outras vertentes da música preta.

20h | Letícia Fialho (DF)

Letícia Fialho é compositora, cantora e instrumentista nascida na cidade de Brasília. Descendente de família carioca, tem em suas raízes a vivência quente do subúrbio do Rio de Janeiro, a boemia dos instrumentistas e cantores populares, a cultura negra e o carnaval de rua como imagens que pairam no universo poético da artista e colorem a atmosfera de suas composições.

21h | Buika (Espanha)

A “Rainha do Flamenco” desembarca no Brasil depois de quase 10 anos com sua música, história e potência. Considerada uma das melhores vozes da atualidade, a cantora é uma das maiores representatividades para mulheres negras da Espanha. Carrega com ela espiritualidade, força e o talento que nos identificamos e amamos ver. Sua música mistura o Jazz, o Soul, o Blues, a música africana e cubana.

22h30 | BellaDona (DF)

BellaDona trás uma mistura de Rap, Raggaeton, Trap, Funk e R&B e a essência do Rap de Brasília. A linguagem percorre entre o empoderamento feminino, o cotidiano do jovem suburbano, diversão, romance, as raízes da cantora na periferia entre aspectos da vida. Seu trabalho trás uma personalidade forte expressando sentimentos em cada música, uma mistura de ritmos criando um som autêntico.

23h20 | DJ Aisha Mbikila (DF/SP)

Aisha Mbikila cresceu num berço onde a arte sempre foi inserida e as questões de construção identitária potencializadas. Esmagando estatísticas previstas para as jovens negras no brasil, segue uma imersão e missão de conexão diaspórica pelo mundo compartilhando essa bagagem em música, moda e audiovisual. Já passou pelo Distrito Federal, SãoPaulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Londres, Moçambique, Colômbia e Berlim. Por marcas como Nike, Baw – Ballentine’s , Skrillex party SP, Cartier, Virada Cultural SP, Virada sustentável BA, Glamour, Vivara, FFWSP, primeira dupla brasileira a tocar no palco Powis Square no carnaval de Londres – Nottingh Hill Carnival, Circo Voador, Eletric Brixston London, e muitos outros.

00h30 | A Dama (BA)

A Dama, como é carinhosamente chamada pelos fãs, viu a sua carreira decolar no carnaval de salvador em 2020 onde levou o povo ao delírio com muita representatividade feminina ao som de sucessos como “Machistas nao tem vez”, e “Ela não é sua Ela é solteira”, eleita a banda revelação naquele ano por vários veículos de comunicação, vem sempre apresentando seu trabalho nos principais veículos locais e tem participado de grandes

01h40 | Flora Matos (DF/SP)

Com um papo reto e letras que carregam fragmentos de sua trajetória pessoal, Flora Matos é um dos principais nomes do rap nacional da atualidade. Em sua carreira a artista vem abrindo caminhos e construindo uma jornada incomparável.

dom9jul

ILÊ ASÈ OYA BAGAN – PARANOÁ

dom9jul | ILÊ ASÈ OYA BAGAN – PARANOÁ

15h | Gira de conversa: Bem Viver Ubuntu

Ingresso

Este painel é um convite à apreciação do Bem Viver como um presente dos antepassados, mas também como uma prática do presente. Será uma oportunidade de ouvir lideranças femininas do pensamento negro contemporâneo sobre o caminho para acessar esta prática de felicidade e autodefesa coletiva. O que dizem a filosofia das ruas, dos rios, a retomada acadêmica e o legado ancestral sobre o que é Bem-Viver, hoje?

Como esta tecnologia social pode estar acessível para os nossos em suas trincheiras, e nos ajudar a proteger da violência racial em suas várias facetas – violência de gênero, conflitos fundiários, terrorismo estatal e o pacto narcísico da branquitude? Como o retorno aos nossos – que nos retroalimenta, de acordo com o ser coletivo do ubuntu – e a reconexão, ou o cuidado com as conexões que ainda nos restam com a natureza, pode se reverter em proteção à vida e geração de abundância entre os nossos?

Será, sobretudo, um exercício de sankofa – entender o caminho até aqui para avançar rumo ao futuro – onde vamos conversar sobre o legado dos movimentos sociais negros e indígenas históricos e atuais. Afinal, o bem-viver é a meta das culturas ancestrais das Américas – povos originários e povos africanos. No cenário de colonização e pós-colonização, o bem-viver vira também uma verdadeira estratégia de sobrevivência. Seus caminhos nos ajudaram a proteger, o quanto possível, do banzo e do genocídio, e nos protegem até hoje de aceitar calados a imputação de identidades subalternas, ao nos contar histórias dignas sobre nossas raízes. Também nos mostram o caminho para nutrir relações mais sadias entre nós mesmos, e com as forças da natureza que nos cercam.

Este caminho vem de longe, desde à resistência ao sequestro colonial em solo africano e a luta contra o genocídio dos povos originários em Abya Ayala, até suas dimensões atuais – no chamado pela vida das comunidades de base, nas comunidades de favela, e na mensagem que ultrapassou as fronteiras dos Estados Unidos e ecoa pelo mundo inteiro – “vidas negras importam”. Nesta mesa, vamos ouvir mulheres que tecem estas redes de saberes, e que enfrentaram as estruturas em nome do direito à vida, ao coletivo, ao significado. Junto com elas, vamos vislumbrar o futuro do bem-viver nas Américas e sua relevância para as lutas coletivas do presente.

Convidadas

Nilma Bentes
Engenheira Agrônoma, ativista negra, propositora da Marcha das Mulheres Negras (2015), uma das fundadoras do Cedenpa (Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará) , afiliado à Rede Fulanas NAB – Negras da Amazônia Brasileira; à AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras; à Coalizão Negra por Direitos.

Beth de Oxum
Mãe Beth de Oxum é Iyalorixá do Ilê Axé Oxum Karê, mestra coquista e comunicadora pernambucana, com mais de 30 anos de atuação em Olinda. Há 22 anos, fundou a Sambada de Coco no bairro do Guadalupe junto com seus filhos e seu companheiro, o músico Quinho Caetés. O Coco de Umbigada acontece mensalmente e é um importante movimento de valorização da cultura popular nordestina..

Carla Akotirene
Carla Akotirene é assistente social concursada, doutora em estudos feministas pela Universidade Federal da Bahia. Autora dos livros “O que é interseccionalidade?”, pela Coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro, e “Ó Paí Prezada! Racismo e sexismo tomando bonde nas penitenciárias femininas de Salvador”, ambos publicados pela Editora Jandaíra. É também idealizadora da Opará Saberes, primeiro curso de extensão voltado à capacitação de candidaturas negras ao mestrado e doutorado em universidades públicas.

Mediação

Janaina Costa
Janaína Costa é natural do Quilombo do Macuco, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. Possui graduação em História pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (2018). Mestra em História pela Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá (2022) com tema de pesquisa centrado na discussão do trabalho doméstico a partir do cotidiano de trabalhadoras domésticas brasileiras. Desenvolve o podcast Quadro de Empregada. É ativista e produtora de conteúdo com o perfil Ela é só a babá, no Instagram.

Encerramento: Show Mestra Martinha do Coco

Convidade: Mestra Martinha do Coco

Marta Leonardo ou Mestra Martinha do Coco é artista e moradora do Paranoá há 40 anos. Nasceu em Olinda – PE, de onde migrou com sua família para a antiga Vila do Paranoá aos 17 anos de idade. Trabalhou desde então como empregada doméstica para ajudar no sustento da casa. Em uma dessas experiências de trabalho, teve contato com uma musicista que percebeu o seu talento artístico e lhe ajudou a retomar seu amor pela música. Seu primeiro experimento musical foi uma banda com instrumentos reciclados quando trabalhou como gari. Vem desenvolvendo um trabalho autoral com as influências culturais da terra onde nasceu e cresceu – coco, maracatu e ciranda. Em 2013, Martinha do Coco recebeu do Ministério da Cultura o título de Mestra da Cultura Popular e em 2019 recebeu uma homenagem da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Hoje com 61 anos, Mestra Martinha do Coco produz arte e cultura popular na cidade do Paranoá e em todo Distrito Federal e é considerada uma Mestra Griô do cerrado. Compõem músicas autorais nos ritmos Samba de coco, Maracatu e cirandas. Sua poética musical foi registrada nos álbuns “Rodas Griô” e o “Perfume dela”.