
Em 2023, a programação do festival se estenderá por todo o mês de julho, passando por quatro capitais:

Criado em 2008, o Festival Latinidades é considerado hoje o maior festival de mulheres negras da América Latina, envolvendo anualmente todas as regiões brasileiras, com crescente participação internacional (+ de 20 países). Uma iniciativa continuada de promoção de equidade de raça gênero e plataforma de formação e impulsionamento de trajetórias de mulheres negras nos mais diversos campos de atuação.
Latinidades é um festival multilinguagens que busca desenvolver diálogos com o poder público, organizações não-governamentais, movimentos sociais e culturais, universidades, redes, coletivos e outros grupos. Um espaço para convergir iniciativas do estado e da sociedade civil relacionadas ao enfrentamento do racismo, sexismo e promoção da igualdade racial.
O projeto foi pioneiro em dar visibilidade ao dia 25 de julho, que tem ganhado força como uma espécie de 8 de marco da mulher negra. Anualmente aborda temáticas que se desdobram em oficinas e mesas de debate com especialistas de todo o país, bem como convidadas internacionais. O resultado das experiências e falas dessas especialistas resultaram em 6 publicações-referência.
As ações que compõem a programação do festival são: debates, palestras, oficinas, vivências, painéis, conferências, lançamentos literários, rodada de negócios, desfiles e apresentações de dança, teatro e música.

A noção de Bem Viver tem a ascendência mais conhecida nos povos originários Aymara e Kichwa e encontra ressonância nos modos de viver dos povos da floresta e povos tradicionais da América Latina. O conceito de Bem Viver vem, cada vez mais, ganhando força em toda a região, mesclando-se a outras epistemologias que confrontam diretamente o modelo vigente desenvolvimentista e exploratório da natureza e dos seres humanos.
Desde a I Marcha de Mulheres Negras, idealizada pela ativista paraense Nilma Bentes e realizada em 2015, as pautas do Bem Viver vêm sendo fortemente incorporadas às agendas dos movimentos de mulheres negras.
A marcha mobilizou o Brasil para, a partir do conceito de Bem Viver, descolonizar narrativas hegemônicas e denunciar os efeitos do racismo e do machismo sistêmicos, além de evidenciar possibilidades de pleitear novos marcos civilizatórios e um conjunto de reivindicações relacionadas à ética, justiça, liberdade, participação política e social, cuidados, garantia e ampliação de direitos para mulheres negras.
Em disputa e em construção, os fundamentos e elementos tradicionais do Bem Viver vêm sendo discutidos academicamente e no âmbito do poder público, assim como dentro dos múltiplos espaços políticos articulados pelos movimentos indígenas e de mulheres negras. Mais uma vez, esses movimentos trazem inovação cultural, novos paradigmas e provocações para as lutas sociais na América Latina.
No Equador, após um longo período de crises, lutas e reivindicações dos povos indígenas, em 2008, os conceitos de Bem Viver foram incorporados à Constituição da República, havendo um plano nacional, com metas para o poder público. O mesmo se deu, em 2009, na Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia. Na Colômbia, a Vice-Presidenta Francía Marquez protagonizou uma forte campanha eleitoral a partir do tema “Vivir Sabroso”, que em muito se assemelha às concepções do Bem Viver.
Assim como as culturas tradicionais, a epistemologia do Bem Viver é circular, sincrética, plural e nos convida à fé nas utopias de transformação e em um mundo mais sustentável. A programação da 16ª edição do Festival Latinidades vai promover debates sobre a importância de construir a cultura do Bem Viver, a partir da produção artística, ativista e intelectual de mulheres negras, hermanadas com as mulheres indígenas. Um Bem Viver que alcance as todas as pessoas e que paute um conjunto de práticas integrativas, de direitos transversais e diálogos com as políticas públicas, as espiritualidades, os cuidados e autocuidados, saúde mental, direitos e saberes das comunidades tradicionais ameríndias, africanas e negras em diáspora. As discussões sobre Bem Viver se darão, sobretudo, no âmbito das políticas públicas e dos direitos.
EQUIPE
Direção Geral
Jaqueline Fernandes
Assistente de Direção Geral
Cinthia Santos
Produção Executiva
Lú Ferreira
Produção Formativa
Marcella Martins
Co-Curadora das Atividades Formativas
Iara Vicent
Coordenação de Comunicação Visual e Designer
Nara Oliveira (Estúdio Gunga)
Desenvolvimento e Web Design
Farid Abdelnour (Estúdio Gunga)
Coordenação Logística
Grascielle Mendes
Assessoria de Imprensa
Lema
Produção Administrativa
Beth Pereira
Assistente de Produção 1
Lélia Castro
Assistente de Produção 2
Marianne Marinho
Produção Logística Brasília
Tainá Martins
Assistente de Coordenação Logística
Lucas Magalhães
Equipe Logística
Tainá Cary
Equipe Logística
Naomi Cary
Equipe Logística
Beatriz Fernandes
Diretor Técnico
Renato Ravengar
Técnica PA
Tiago Sampaio
Técnica Monitor
Marcelo Gomes
Roadies
Lucius Dantas
Maurílio Santos
Social Media
Julia Teodoro
Coordenação Serviço de Preta
Clara Medeiros
Produção de Mobilização
Jackeline Silva
Produção de Infraestrutura e Operações
Lelo Ventura
Assistente de Produção Infraestrutura e Operações
Adson Junio
Arquiteto
Marcelo Moita
Assessoria de Acessibilidade
Alê Capone
Assessoria de Sustentabilidade
Patrícia Manzone
Coordenação de Backstage/Credenciamento
Nágila Silva
Coordenação Feira Gastronômica
Carol Monteiro
Coordenação de Cobertura de Comunicação
Nowah
Mestres de Cerimônias Oficiais
Maria Paula, Aisha Mbikila, Puro Roxo
Equipe de Fotografia
Letícia De Maceno, Ester Cruz, Matheus Santos Mídia Ninja
Artes e Projeções no Museu nos dias dos shows
Coletivo Coletores
Curadora e produtora do Coletivo Coletores
Aline Ambrósio
Produção Universidade Afrolatinas
Kellen Vieira
Secretaria Universidade Afrolatinas
Yorrana Ramos
Em breve…
Em breve…
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